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segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Água e Fogo


Faz-se morto perante meu olhar,
Faz-se morto para não ser percebida:
Morte lenta, que seus olhos vivenciam.

O que antes não queriam ver,
Agora os veem com a dor do saber.
Censurados pensamentos
Que não os pode sustentar.

Faz-se indiferente perante meu paladar
Jamais provado, que envenena,
Sem querer envenenar.

Há falta de tato nas mãos,
Falsamente discretas sobre
O que não pode ter,
O que não pode segurar.

Dói-se ao ver que o vejo.
Eu, ao perceber seus claros sentimentos
Concedendo-o com dignidade,

Amizade daquele que não quer ver,
Alma alguma a se despedaçar
(no vazio de meu ser, por caminho vão)
Por aquele que não sentir-se-á

Digno deste engano,
Ou de tal admiração.

Seu Deus e meu Deus,
Por esta vida governar
Distintos universos.


1 COMENTE AQUI:

Ayanne Christine Vieira disse...

Só consigo dizer: UAU!!!
Parabéns, Grandão!
Bjokas gigantes =*

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