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terça-feira, 1 de novembro de 2011

Pensamentos no Ônibus I


Provavelmente sou o cara que mais possui projetos inacabados. Não sei até que ponto eles perdem o sentido para mim no meio do caminho, não sei até que ponto sou multifocal em demasia, ou acomodado mais que o aceitável... Até que ponto fico esperando demais certas idéias amadurecerem para virem à luz do universo concreto?

Fato é: estou cada dia mais cansado de mim, de meus entraves. Fica mais obvio e vergonhoso tomar conciência que sou Eu "A Pedra no Caminho". Não ando passando de um Filhinho da Mamãe. Talvez um guri de apartamento - se morasse em um, provavelmente seria a denominação adequada.

Mas devo reconhecer, esse ano consegui consertar algumas bagunças na minha vida. Voltei a trabalhar na minha área, a estudar na minha área... O que realmente anda me matando é que não sei realmente o que significa essa história de "minha área" -  cara! Que porra é essa?

É tudo tão amplo. Sou tão empolgado com tudo. Torna-se difícil submeter-me à escolha de algo em específico - céus! Preciso me focar.

Disse uma vez Jobs que se você sabe o que realmente quer da vida, não há motivos pra não ir atrás disso com todo o coração. Ele era um gênio e um crápula. Talvez falta-me ser gênio e crápula. Falta-me a maldita loucura. Sobra-me a desgraçada ética e exagerada tolerância. Sou alguém malditamente correto que infelizmente acreditou na moral ocidental cristã. Mas o pior é: falta-me saber o que realmente quero ser quando crescer - Fuck!

Preciso descobrir e começar logo a viver, antes que algum geek qualquer insira um botão em mim - só para me desligar.



sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Think Different - Pense Diferente.



"Isto é para os loucos. Os desajustados. Os rebeldes. Os criadores de caso.

Os que são peças redondas nos buracos quadrados. Os que vêem as coisas de forma diferente. Eles não gostam de regras. E eles não têm nenhum respeito pelo status quo. Você pode citá-los, discorda-los, glorificá-los ou difamá-los.

A única coisa que você não pode fazer é ignorá-los. Porque eles mudam as coisas. Eles inventam. Eles imaginam. Eles curam. Eles exploram. Eles criam. Eles inspiram. Eles empurram a raça humana para frente.

Talvez eles tenham que ser loucos.

Como você pode olhar para uma tela em branco e ver uma obra de arte? Ou sentar em silêncio e ouvir uma música jamais composta? Ou olhar para um planeta vermelho e ver um laboratório sobre rodas?

Enquanto alguns os vêem como loucos, nós vemos gênios. Porque as pessoas que são loucos o suficiente para achar que podem mudar o mundo, são as que de fato, mudam."

Por Jack Kerouac

"Perdi Meu Astro do Rock"


No início dessa semana boa parte do mundo se deparou com a figura de Steve Jobs pela primeira vez, através da notícia de sua morte, e muitos provavelmente nem sequer sabiam quem era, ou apenas haviam ouvido falar de seu nome algumas vezes. Ontem à noite, 06 de outubro de 2011, foi ao ar no Jornal Nacional um bloco inteiro falando sobre quem foi esse cara e o que ele fez. Confesso que me surpreendi pela ênfase dada pela Globo ao seu nome - não que ele não fosse merecedor, mas pelo fato de o significado de sua morte estar em uma realidade distante da maioria de nós brasileiros.

Enquanto muitos que conheciam o seu trabalho e a sua empresa tiveram e tem a insistente idéia de classificá-lo como um elitista e empresário de uma empresa que como qualquer outra no mundo tem o objetivo de ganhar dinheiro através de seus produtos caros, eu o via de uma forma diferente: O homem de grandes idéias, que possibilitou não só grandes mudanças na forma como nos comunicamos ou consumimos informação, mas o homem que possibilitou a milhões de pessoa ao redor do mundo o ato de pensar diferente e mudar a realidade estabelecida através do status quo. Ele foi a prova viva disso - Que é possível sim enxergar formas diferentes de se estruturar o mundo, não apenas comunicacionalmente, mas em todos os sentidos da existência.

Com seu trabalho, Steve Jobs mostrou que embora o ser humano se adapte às formas prontas de pensar, essas formas podem ser rompidas, desafiando as pessoas a pensarem se o que realmente têm feito é o seu melhor e o melhor para o mundo. Enquanto a indústria tecnológica se acomodava a repetir tecnologias com aprimoramentos medíocres, Steve impulsionava o mercado de forma inventiva e desafiadora. Gerando e dando ao seu público uma possibilidade real de escolha de pensamento.

E eu poderia ficar aqui contando muitas histórias sobre como Steve Jobs enxergava as coisas e as fazia acontecer, ou citando suas frases de efeito que do clichê empreendedor passavam longe - afinal, quando ele dizia que algo seria revolucionário, não estava blefando ou fazendo campanha de marketing, mas apenas falando a verdade. - entretanto, gostaria de relatar minha experiência como usuário de suas idéias e o que elas provocaram em mim.

Quando tive meu primeiro contato com computadores Mac me perguntei: por que todos os computadores não são assim? -  Simples de usar, intuitivos, integrados, elegantes, funcionais. -  Foi então que percebi que aquele produto, elitista e caro como todos dizem, despertava em mim a consciência de que tudo ao nosso redor e inclusive nossos comportamentos poderiam ser de maneiras diferentes. - Você não precisa seguir uma linha de pensamento imposta se souber pensar na essência e na necessidade de se fazer coisas, se ter algo ou ser alguém. - O preço que paguei por meu primeiro Macintosh não foi apenas pela sua performance ou elegância. O preço pago fora por um ideal.

Sinto-me hoje um ser mais crítico em relação ao que existe ao meu redor. Procuro um caminho mais simples - não necessariamente mais fácil -. Meus valores sobre consumo mudaram, sou uma pessoa que consegue criar seus próprios conceitos sobre a vida sem ter medo de estar saindo da zona de conforto. Creio que a opinião alheia me interessa menos que a minha própria - porque cada um tem que encontrar a sua razão de ser e a razão de nenhum deve sufocar a de outrem. - Hoje sou ciente de que a maioria segue um modelo predefinido de vida e lógica.

Os ideais de Jobs não foram passados a sua empresa e produtos por questões meramente capitalistas. Jobs nunca deu mais valor ao dinheiro do que a seus ideais. Se sua empresa se tornou o que é hoje, é porque Steve aplicava seu modo de viver a vida em tudo o que tocava, tinha ciência que o que revolucionava não eram os produtos, mas seu modus vivendi. - Jobs era Budista, vegetariano e possuía a maior arma de todas para o sucesso, saber o que queria fazer e os caminhos para fazer.

E esse é o ensinamento de maior valor que me fora passado, não expresso em pensamento ou letras, mas posto em prática e concretizado. Se queremos ser alguém que fará a diferença, devemos respeitar a nossa essência, assumí-la e colocá-la em prática. E para isso é necessário a fé de um Steve Jobs, e a coragem de um Steve Jobs.  - Acreditar em si e no caminho que se quer construir é quase impossível quando o mundo inteiro lhe aponta outro já pronto e estabelecido, mas é possível e a prova foi dada.

"Obrigado por me fazer diferente, por me libertar, por me mostrar uma nova postura para se viver a vida e me relacionar com ela. Obrigado por ter sido um idealizador e modificar a história."


Por Rogers

Para Jobs,
onde quer que esteja.



My Back Pages - To Steve



Crimson flames tied through my ears
Rollin' high and mighty traps
Pounced with fire on flaming roads
Using ideas as my maps
"We'll meet on edges, soon," said I
Proud 'neath heated brow.
Ah, but I was so much older then,
I'm younger than that now.

Half-wracked prejudice leaped forth
"Rip down all hate," I screamed
Lies that life is black and white
Spoke from my skull. I dreamed
Romantic facts of musketeers
Foundationed deep, somehow.
Ah, but I was so much older then,
I'm younger than that now.

Girls' faces formed the forward path
From phony jealousy
To memorizing politics
Of ancient history
Flung down by corpse evangelists
Unthought of, though, somehow.
Ah, but I was so much older then,
I'm younger than that now.

A self-ordained professor's tongue
Too serious to fool
Spouted out that liberty
Is just equality in school
"Equality," I spoke the word
As if a wedding vow.
Ah, but I was so much older then,
I'm younger than that now.

In a soldier's stance, I aimed my hand
At the mongrel dogs who teach
Fearing not that I'd become my enemy
In the instant that I preach
My existence led by confusion boats
Mutiny from stern to bow.
Ah, but I was so much older then,
I'm younger than that now.

Yes, my guard stood hard when abstract threats
Too noble to neglect
Deceived me into thinking
I had something to protect
Good and bad, I define these terms
Quite clear, no doubt, somehow.
Ah, but I was so much older then,
I'm younger than that now.

_________

Letra de Bob Dylan
Video em homenagem ao
trigésimo aniversário de Steve Jobs

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