E então, não mais apaixonou-se.
Pobre Elizabeth.
Não mais quis saber qual a sensação
da chama que queima em seu peito.
Nem sentir as incontrolaveis batidas
de seu acelerado coração.
A paixão, dizia Elizabeth,
era entorpecente droga da mente,
a droga que desligava a razão.
Preenchia os dias de um sol brilhante
e soprava em seu pescoço
a mais refrescante brisa da estação.
No entanto, bem sabia ela:
A paixão a deixaria nua no deserto,
quente e seco, caso não houvesse retribuição.
E assim, Elizabeth, não mais se aventurou.
Viveu a vida com cautela e solidão do ser
que está no mundo somente por estar,
sem viver loucuras de uma chuva de verão.
Sem mais ver os olhos, aqueles olhos
que iluminam a alma:
O delírio de uma e outra paixão.
Pobre Elizabeth, morreu em vão.
Por Robson Rogers
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Beth... que é isso de achar que uma só paixão é que faz o coração completo?
E que tolice acreditar que estar a salvo é não carregar nenhuma cicatriz...
Pobre Elizabeth...
Que "rateada" da Beth, de fato! Se bem que...enfim...deixa pra lá!
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