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quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Simples, Insaciável.

Imagem de Hieronymus Bosch

Sou pano de prato
Ora sou o escritor
Sou o que dorme e não quer acordar

Posso ser fatos
Ou os fatos compor
Bem ou mal, sou o que puder falar

Vagando pelas ansiedades
Sou vagão à procura
De novas estações pela velha cidade

Começo muitas vezes
Poucas vezes as termino
Sou o menino que enjoa fácil do que experimenta

E assim me crio, como cria solta pelo mundo
À espera da experiência utópica e perfeita
Que em mim saciará a sede, algum dia. Talvez.


3 COMENTE AQUI:

Unknown disse...

Gostei! Isso pode tratar-se - e quem pode saber? - no final das contas, do próprio sentido e da verdadeira dinâmica de estar vivo.

Te amo.

Yuri Raskin Pospichil disse...

A maravilhosa angústia de estar vivo.

Unknown disse...

A maravilhosa angústia e inconstância de estar vivo... hehehe

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