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quinta-feira, 7 de abril de 2011

Sobre a Saudade


Quando percebe-se que as distâncias não existem, e que nada nos separa um dos outros...
Quando aprende-se a respeitar a si mesmo, respeita-se ao próximo...

Percebe-se que a saudade é insegurança, medo, desejo.
Passa-se a ver a vida infinitamente maior que todas as dores, que na nossa fantasia espiritualista se encontra o descanso.

A saudade existe, mas não dói mais. É uma lembrança feliz e nos faz agradecidos.
A oportunidade de ver no horizonte o outro lado do mundo. Um momento onde o infinito torna-se palpável e eterno.

Ah, a vida e a morte!

Separadas por um átomo. Unidas pelo desejo de existir e desvanecer.
A saudade não dói mais: Alegra, felicita o portador pela experiência.
Faz deitar-se em noites frias e tardes alaranjadas, com o olhar em outra dimensão, que transcende o espaço e o tempo.

A saudade passa ao adormecermos, nos acordando ao sentí-la.
A verdade é que apaixonar-se pela saudade é mais fácil do que vivenciarmos a presença do ausente.

A doce tentação perigosa para não mais morrer de saudades, mas viver de saudades.



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