Conta aí como foi seu ano, o que você aprendeu, conheceu alguém?, se despediu de alguém?, correu muito?, comprou muitas coisas?, estudou demais?, trabalhou muito?, atingiu seus objetivos?, se frustou?, teve surpresas?, venceu barreiras?
Um Breve Resumo...
Um ano excepcional, de muitos tropeços, algumas quedas e grandes aprendizados. Assim eu poderia definir 2009. Cemeçando com um ano novo acampado na praia, seguido da minha formatura da faculdade - onde deixei para trás três anos maravilhosos com pessoas diversas (algumas que permanecerão no meu coração e lembrança para todo o sempre). - Em fevereiro um passeio inesquecível com o melhor amigo pelos cantos da grande São Paulo, onde nos divertimos muito, rimos e vimos muitas coisas. Não dá pra esquecer a viagem com o namorado para Arraial do Cabo e Búzios, no carnaval - "vistas e sensações" interessantíssimas no alto da colina, seguidas por um quase assalto com direito à perseguição policial. O ódio pelo risco corrido misturado com a adrenalina pura, pós sexo. Um dia inesquecível, sem dúvidas maravilhoso.
Depois vieram março, abril e maio. Três meses que despertaram a angústia dentro do meu corpo, a insegurança e a falta de sensatez. De um estudante universitário de cinema para um simples jovem desempregado, como tantos, dependentes de pai e mãe. Daí chegou a época das "vacas magras" e os atolamentos em dívidas. Cortes nas mordomias de um filho único muito mal acostumado. Depressão e sentimento de impotência e incapacidade de alguém que nunca precisou caminhar sozinho pelas próprias pernas. - As lições que demoram mas vem com o tempo, mais cedo ou mais tarde. Crianças mimadas amadurecem na marra.
E então Junho chegou trazendo meu aniversário. Ainda que alguns tivessem faltado, os bons velhos amigos de sempre compareceram. E nada me faz mais feliz que as verdadeiras amizades. Nada! Pois por mais que se saiba que um dia chegará a hora de cada um seguir rumos diferentes, sempre fica na lembrança aqueles dias de glória coletiva. Aí vem a surpresa: quando menos se espera, lá estão eles, os mesmos e de sempre, prontos para um abraço, para uma verdade na cara. Para me fortalecer no pior dos momentos. E eis que vem também o dia dos namorados, o ciso arrancado, a cara inchada e o juízo perdido. A recepção diferente e assustadora. O estranhamento junto com o distanciamento. O sentimento de baixa estima acumulada dos meses de março, abril e maio, misturado com a dor do "Eu Te Amo" não dito. O medo, a insegurança. A sensibilidade aflorada num momento em que nenhum dos dois estavam capacidados à compreensão.
Em julho o fim...
E no fim de julho, exato dia 31, o encontro com a compreensão. Uma nova amizade feita através de mensagens engarrafadas, de dores compartilhadas e histórias parecidas. O florecer de minha poesia tão imatura onde, cada palavra escrita, era compreendida com a mais profunda e perfeita das compreensões. Incentivos sem fim que me levaram a recuperar o bom humor pouco a pouco e a relembrar que compartilhar sempre vale a pena, que frases de apoio e carinho sempre fazem florescer e multiplicar boas relações. E assim foi Agosto, um mês de sentimentos de perdas e frustrações sendo mandado embora por uma luz radiante chamada Yu.
Setembro foi o mês de focar no trabalho. A busca pela independência, a procura pela construção de um reconhecimento e merecimento que queriam ser conquistados pelos meus próprios punhos. E o Medo. O terrível medo de estar longe de todos. Trocando cada segundo do meu tempo por dólares que me comprariam o que? Produtos Apple? Roupas de marca? Setembro foi o mês das decisões. De declarar guerra ao destino, mostrando que as cartas do baralho estavam erradas. Pois por mais que dissessem que minha viagem à trabalho em cruzeiros estava certa, bati meu pé e conheci o poder da decisão e livre arbítrio que cada um possui. Aprendi a enfrentar as consequências de meus atos de cabeça erguida. Só se acerta quando nos propômos a tentar, mesmo sabendo que o erro também pode fazer parte do processo. Fiquei e não me arrependo. Porque cada escolha consciente que faço me leva a um caminho com outras oportunidades. Setembro também foi o mês do reencontro. De mostrar aos outros as consequências físicas de uma "decisão corajosa". Foi o mês de perceber que aquela história de que "nada se perde, tudo se transforma" é real. Perceber que não tinha perdido um grande amor, mas sim, ganhado um grande amigo pelo qual tenho um eterno amor e imenso agradecimento.
A verdade é que nada é para sempre, exatamente porque o "Pra sempre" é muito tempo para ser para sempre o mesmo. Mas que por ser eterno, será o mesmo por várias vezes até o fim. Nada é definitivo, mas tudo pode ser recomeçado.
Depois chegaram outubro e novembro. Meses de esquecer os números, esquecer de contar o tempo e perceber que ele não passa de uma grande alucinação coletiva. Novembro, o mês em que dei a cara à tapa e fui pegar no batente. Esquecendo a frustração de não conseguir ainda trabalhar com o que quero, mas ciente de que era necessário e justo começar de alguma forma. Ciente de que quando a pedra é muito pesada para chutar a gente tem que conquistar as ferramentas necessária para expulsá-la do caminho.
E então é dezembro. E tudo passou tão rápido, e... "bom, assim foi meu ano"! Mas, de repente, um tapa na cara de surpresas comparecem à minha residência, invadindo minha vida sem pedir licença, num súbito momento de surrealidade cinematográfica. Um boteco, três pessoas, um narguilé e dez minutos de silêncio e muita fumaça. Sushis, Sashimis e Cia. Muita chuva, um taxi, três mãos dadas e mensagens efusivamente impactantes.
E no final? Bem... No final, a gente descobre que o fim é outra das tantas alucinações coletivas que temos, pois, na verdade, o que vem são mais e mais inícios, novas descobertas, algumas redescobertas, muitos apredizados, alguns enigmas e "pontos de interrogação" a serem desvendados, problemas novos, pessoas que chegam, que partem e algumas que voltam. É um eterno vai e vem num doce desespero de perder-se e maravilhosa sensação de, quem sabe, um dia reencontrar-se...
E não importa quanto o tempo finja passar na frente dos meus olhos, eu ainda vou odiar algumas coisas, e amar todas as outras, e são tantas...
Como diria um amigo especial:
"Eu odeio, mas amo vocês antes de tudo"
"Eu odeio, mas amo vocês antes de tudo"
Um próspero ano novo em todos os novos anos de suas vidas.
Até daqui a pouco.
Até daqui a pouco.
Agradecimento especial pras pessoas que participaram comentando e me ajudaram a dar vida a este espaço. Sem vocês o Plumbum perderia o sentido de existir!
Obrigado:
Érica, Yuri, Celso e Ayanne (Pequena Ya).
Érica, Yuri, Celso e Ayanne (Pequena Ya).
Sejam bem-vindos sempre:
Odir, Jean, Pedro, Luciano, Rafael e Daniel.
Odir, Jean, Pedro, Luciano, Rafael e Daniel.
Por: Robson Rogers
6 COMENTE AQUI:
Na vida, só existe um ponto final, a morte. Podem existir vírgulas, reticências... mas no fim, a obra prima termina com um simples pontinho..mas até lá... muitos sinais aparecerão !!!!!!!
Bjokas =)
=D
Sem agradecimentos, foi sempre um prazer ler e poder participar da tua arte!!
Obrigado Rogers...
Felicidades a todos nós que aqui escrevemos e aos que leem.
"Há várias maneiras de dizer CIAO.
Há várias formas de se ouvir um adeus.
O silêncio da boca seca.
O grito desesperado da falta.
Em todos os CIAOS residem o reinício."
Me fez lembrar o ultimo parágrafo do seu post...=P
Sempre é tão difícil p mim dizer CIAO... Até mesmo aqui nos meus posts é complicado parar de escrever e escrever... O último ponto final sempre é difícil de ser pontuado... Talvez porque a gente acha que é o final para sempre. Mas na realidade é apenas uma pausa maior até o dia seguinte, onde escreveremos muitas coisas mais.
...E como é bom escrever coisas novas! =)
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