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quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Codinome Adrian e Adan


Imitando o Yuri: Como fazer? Descrevendo-se livremente, sem apego às regras da mais perfeita escrita. Somos perfeitos no dia-a-dia? Não! Então, não sejamos hipócritas em querermos uma autodescrição perfeita sobre o quanto somos imperfeitos e ainda temos a seguir.

Falar sobre o Rogers ou o Robson é caótico, muito mais para mim do que para vocês. Cresci sendo chamado por Rogers e quando cheguei na escola conheci um tal de Robson - Quem diabos era esse cara?

Robson, o filho modelo, projetado para seguir bons costumes, etiquetas, e tirar notas dez. Rogers, a cria indomável e selvagem, correndo pela rua atirando pedras nas pessoas, dizendo palavrões, e fazendo gestos obscenos.

Até os desessete minha vida particular foi regida pelo Rogers. Na social, pelo mais exemplar, o Robson. Não me perguntem quem controlava quem, ou como os processos ocorriam. Fato é que, em algum momento, depois disso, estes dois rapazes começaram a entrar em conflito, se entrelaçando, misturando suas crenças, seus ideais, seus anseios. O selvagem e o disciplinado convivendo diariamente sob o mesmo teto, o mesmo corpo. Um travando o outro e sabotando, até que as definições fossem sumindo pouco a pouco. E eu, simplesmente, me perdendo de mim.

Como viver sem definições? Como organizar a mente quando sua mente enxerga as coisas sempre por dois lados. Como escolher o melhor caminho quando sua razão entende que "o melhor caminho" é o ápice da subjetividade?

Esse sou eu. A inconstância. A maldade convivendo com a ingenuidade. A ingenuidade que pune a maldade com tormentos moralistas, e a maldade, que usa da ingenuidade para promover conquistas. Quanta monstruosidade dentro de um ser só. E quanta prova de humanidade, também.

A maldade é aquela que se esconde em minhas entranhas. Já a bondade não! Ela é aquela que vem aqui dedurar os podres sem piedade. Sim. Por que ser bom, as vezes, é ser impiedoso também. O erro não está nos sentimentos bons ou ruins em demasia, mas sim, no nosso senso de justiça vigente. Sim, o Robson é muito justo e forte suficiente para entregar seu irmão se for preciso. Pelo menos, é assim que tem sido até hoje.

Já, alguns, dizem por aí, que o Rogers é traiçoeiro, troca de amigos como troca de roupa. Pois daí me defendo dizendo assim: quem disser, que prove. Pois se assim fosse, não teria em meus albuns fotográficos atuais os poucos e verdadeiros amigos ao meu lado. Os mesmos, alguns, que fiz quando ainda tinha apenas seis anos de idade. "Oh! Mas e os que desapareceram ao longo do caminho?": Bom, eles desapareceram!... Mas não, realmente não me lembro de tê-los mandado embora.

Decepção? Comigo? Quem nunca se decepcionou ou decepcionou alguém que atire o primeiro bloco de concreto. Me decepcionei com muitas pessoas e decepcionei muitas, provavelmente. Mas, nunca deixei de tentar compreender os que a mim me decepcionaram, muito menos deixei de pedir as mais sinceras desculpas por ter decepcionado alguém.

Quem é o Rogers? Quem é o Robson? Não sei mais definí-los pois tornaram-se um só. Sei que acreditam no amor, na beleza. Sei que são falhos. Que não são adeptos às doutrinas alheias, mas sim à todas aquelas que lhes forem convenientes. São livres de rédeas, senão, às próprias que condicionam um ao outro.

Um deles é romântico, vive em um mundo cor-de-rosa, de fantasias. Um deles é o mais indiferente dos seres, capaz de não sentir nem uma pitada de compaixão. Um é prático pois quer ser eficiente. O outro é melodramático, mimado, egoísta. Um chato. Mas, provavelmente, o chato que irá enxugar suas lágrimas em todos os momentos e , a qualquer hora que for preciso - pois é de grande sensibilidade.

A verdade é que tanto um quanto o outro gostam de atenção. Se ela não existe, um vira as costas e segue em frente, procurando quem lhe dê. O outro, chora e esperneia esperando que seja visto e ouvido. Um é maduro, o outro não passa de uma criança.

Maturidade? Pra minha idade? Sim, muita, e digo com orgulho. E onde fica a modéstia? Bom... Na franqueza de dizer que sou um dos caras com a pior autoestima que existe. Mas, também, na franqueza, de falar que compreendo que não existem motivos quaisquer para tal sentimento.

Sou assim. Um observador nato, que entende o contemporâneo como poucos, mas não entende como as pessoas podem ser tão ignorantes de não compreendê-lo. Sou o cara típido autista por opção, que passa mais da metade do tempo fazendo conclusões analíticas sobre tudo e todos, vivendo submerso nas profundezas do pensar.

Sou aquele que vê todas as coisas, e finge não ver através da máscara da ingenuidade. Sou aquele que não leva a sério suas descobertas. Percebe o melhor e o pior de cada um, inclusive de si mesmo. Enxerga e sabe onde estão os caminhos para as resoluções. Porém, incapaz de conseguir seguí-los com maestria.

E seja lá com qual dos dois vocês estejam lidando, uma coisa é certa: ambos são dignos de confiança, pois o que mais prezam são os tratados e a fidelidade. São fiéis até a morte, exceto, em casos de infidelidade alheia.

Sobre jogos? Péssimos jogadores. A melhor estratégia que têm é manterem-se afastados de jogos. Nem que para isso, tenham que fingir que estão jogando. Contráditório? Pra mim (ou nós), nem um pouco.

Rapidinhas:

O que busca: Harmonia e equilíbrio.

Crença: A mais abrangente possível, livre de preceitos e pré-conceitos. A minha própria crença. A realidade particular (cada um tem a sua realidade, não existe uma única).

O que ama: As pessoas que estão comigo pro que der e vier, a vida, a energia que nos envolve.

O que odeia: A falta de percepção das pessoas sobre as consequências segundo seus próprios atos.

Se tivesse que dizer suas últimas palavras, o que diria: A concepção de vida que conhecemos é uma grande ilusão. Não se matem por tão pouco quando se vale muito mais do que se imagina, apesar de, muito menos do que esperam os egocêntricos. Viver é compartilhar o que se tem, de bom e de ruim. E sim! Vale muito a pena. É a melhor coisa que me recordo ter experimentado e estar experimentando desde que imagino existir.

Sou caótico. Sou prolixo. Sou piegas. Sou assim, igual a tantos de vocês...



8 COMENTE AQUI:

Ayanne Christine Vieira disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Ayanne Christine Vieira disse...

Grandão, querido!!! Não desmerecendo o Yuri, masss ... UAU!! rs
Sua definição de si mesmo é ótima. Porque nunca somos um só, costumo me definir como 1001 facetas, e pode apostar , nenhuma delas é meio termo... heheheh Todos teem "problemas mentais" ... =O
Mas o melhor das auto-descrições é que se depois de lerem ainda coninuarem nos amar...e sempre continuam(lembre-se, presunçosa-mor..hahahhaha).
Bom, poderia ficar horas falando dos gêmeos adam e adrian...que aliás, já li sobre eles por aqui ^^ Ótimo txt...repetindo sempre, vc escreve bem e ao lê-lo sempre perco a vontade de matar o namby's...thanx.

Bjokas Grandãoooo . SMUACKKKK

Unknown disse...

Que bom que vc perde a vontade de matar o nambys. N tenho entrado nele, mas vou entrar. To numa correria. E gosto de fazer tudo com muita calma. N adianta ler e comentar qualquer coisa. Tem q ser com calma.

Obrigado pelo carinho e a atenção.

Bjos Pequena ;)

Pedrinho Affonso disse...

Nossa...isso que é um autorretrato! Você consegue ver sutilezeas em si mesmo, consegue perceber suas limitações, suas falhas...isso é algo raro!
Muito bom...vc ficou ainda mais interessante aos meus olhos...

Unknown disse...

quem escreveu? o Robson ou o Rogers?!rsrsrs

Yuri Raskin Pospichil disse...

Uma auto-biografia escrita à duas mãos? Que interessante. rsrs

Me senti honrado por ter meu nome citado, e concordo com a Ayanne, tua definição ficou ótima.

Abraço!

Unknown disse...

Yuri, deixa de ser bobo... xD

Lu, acho que foi escrito à duas mãos.

=)

Queen N8 disse...

Tá, agora q tenho um tempinho pra respirar...

FODA! \o/

Só n disse isso antes pq tava sem tempo mesmo... mesmo quando eu tava na tua casa, tu viu meu estado, neh? LOL

uahsuahsuas!

Lindo! :)

:*

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