Vivo perdido
No inconsciente
Sentido de existir
Vivo a escutar
As mesmas vozes
No instinto de matar
Morrendo no tempo
A cada passo que passo
Em dúvidas vívidas de mentir
Calo e me mordo
Nas noites infinitas
Procurando machucar
Morto, Calado,
Vivo, mas,
Ainda assim,
Vivo mais.
Por: Robson Rogers
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Esse poema é tão noturno, quase como um pedido mudo de socorro, com a perda da lucidez.
Mas por outro ângulo, é poema perfeito para quem gosta de vampirismo (sou um deles).
A luta entre se tornar um monstro por instinto ou manter o coração humano ainda quente. Com essa batalha interna, nos perdemos na noite infinita em busca de algum sentido para os ciclos intermináveis.
Acho que sim. Mas acredito que mais uma ânsia noturna. A ânsia de se fazer algo quando não se pode nem mesmo sair de entre quatro paredes. Morde-se para calar os gritos. Machuca-se e se mente para continuar vivo.
Obrigado pela tua reflexão.
Te entendo, quem nunca quis romper as paredes durante as noites de tédio, ou de angústia?...
Quem nunca sentiu essa ânsia de respirar o ar noturno, na esperança de quem sabe, encontrar um novo fôlego para a vida.
Entendo melhor agora, as mentiras e auto-mutilações que somos forçados a fazer todos os dias para continuarmos vivos.
Curioso isso que falaste a respeito de mentiras e auto-mutilações... Só me pergunto como você está, agora, melhor compreendendo isso. Me refiro à forma de compreensão... Bem curioso.
Acho que o poema trata de sentimentos humanos... Se eu interpretar o morder como uma metafóra. É o sentimento de insatisfação, de incopletude, de vontade de gritar, de mudar de vida... Quando você quer fugir,só não sabe para onde..e nem o porquê de tentar fugir.
Mas é sentindo isso que tornamos humanos melhores...Quando questionamos a nós mesmos !
Gostei muito do seu poema.
Puta comentário ridículo aquele primeiro do Yuri Pospichil! Que vergonha alheia meldéls! hahaha #SchizophrenicFeelings
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